Sobre
Olá, tudo bem? Prazer, me chamo Antônio e sou natural de Alagoas, onde fui nasci e fui criado. Tenho 30 anos e desses 30 anos, 12 são trabalhando na área, mas 18 são de aprendizado, pois minha saga com a tecnologia começou quando eu ainda era criança, com meus 13 anos, criando um blog e me encorajando a aprender a criar layouts. Naquela época, eu nem fazia ideia de que a minha brincadeira poderia se tornar uma profissão, principalmente por ter nascido em uma família que teve poucos recursos, então boa parte deles me desencorajavam pois sempre diziam que aquilo “não me levaria a lugar algum”.
Mas digamos que eu fui uma criança teimosa, enquanto eles falavam aquilo, eu sentia que precisava ser melhor nos estudos, pra que nada prejudicasse a minha curiosidade em desbravar aquele novo universo. Eu até poderia dizer que foi essa utopia do jovem pobre que luta contra a família para conseguir seguir seus sonhos, mas infelizmente não foi esse conto de fadas. Aos meus 18 anos consegui meu primeiro trabalho, naquela época a gente se chamava web master, pois costumávamos fazer o design e toda a programação dos layouts. Foi aí que através do meu blog, fui contratado para desenvolver o layout de uma blogueira, o que me ajudou para que no ano seguinte, aos meus 19 anos, eu conseguisse mergulhar no mercado.
Eu ainda não sabia como conseguiria prospectar e novos clientes, até que um tio perguntou se eu sabia quem trabalhava com criação de sites. Vendi meu peixe e foi nesse momento em que as coisas começaram a andar, fizemos um acordo e naquele momento passei a ter uma visão inicial do que precisaria fazer para caminhar na direção do que eu almejava. Mas não brotavam trabalhos e mais trabalhos, então me preocupava se aquilo poderia ser passageiro, ou se eu conseguiria sustentar aquele sonho. E desde cedo tive que aprender que as coisas não cairiam de mão beijada no meu colo, eu precisaria fazer acontecer.
Toda oportunidade que eu via de me apresentar como profissional, eu fazia. Assim consegui um trabalho com uma assessoria de imprensa, que na época atuava com O Boticário, Schultz e Arezzo, pelo contato orgânico que tive com blogueiras e esse universo, a dona da empresa Essenz me fez um convite, de trabalhar com ela pois a ideia inicial era fazer mudanças no portal que eles tinham, mas também entender mais sobre aquele mundo que até então, era novo. Era um trabalho árduo, mas naquele meio eu passei a entender melhor como o mundo corporativo funcionava, era como se eu tivesse me jogado em um oceano. Talvez eu não tenha plena dimensão do quanto aprendi ali, mas sei que a cada dia entendo que aquela experiência me fez enxergar a imensidão de oportunidades.
Ali tive a oportunidade de apurar o meu olhar, de entender a necessidade do usuário, pois precisávamos manter o portal o mais fácil para o acesso, o mais interessante para que mantivéssemos as pessoas que tinham acesso ao conteúdo que desenvolvíamos não apenas como assessoria, mas como comunicadores. Em paralelo eu conseguia estudar mais, me manter atualizado e até fazer uns freelas.
E embora a Essenz tivesse me acrescentado, eu sabia que meu foco era outro, eu gostava de impactar a vida das pessoas através dos meus trabalhos. Então continuei seguindo a rota. E no meio do caminho, pude trabalhar com uma blogueira que me fez mergulhar ainda mais em tudo isso. Na época ela tinha um blog que estava repleto de problemas, com muitos erros que até então “não podiam ser corrigidos”, isso me deixava inquieto pois eu gosto de resolver problemas e aquele até então era um dos maiores, um dos pois tinha uma outra questão… Os smartphones estavam em ascensão e estávamos vendo a onda dos portais responsivos. Lembro que na época eu bebia de muita referência de fora, mas essas blogueiras maiores não tinham enxergado ainda essa oportunidade de levar a informação para onde quer que os leitores estivessem. Gabi (a Rica de Marré) relutou um pouco pois estava habituada ao layout do desktop, mas insisti para que a gente pudesse fazer um teste, só precisava daquela chance de tornar o blog responsivo e veríamos nas métricas se valeria manter ou não. Ah, os erros anteriores do site, eu corrigi, não foi nem um pouco fácil, mas corrigi e tornei aquele blog acessível em todos os dispositivos móveis. Sempre brinco dizendo que os números não mentem, e, o resultado foi chocante pois eles não apenas mantinham o alcance, como também dobrou o número de acessos e permanência dos leitores. O mais interessante, é a lembrança que tenho de quando decidimos mudar de layout novamente e até então eu não tinha ativado a versão responsiva, apresentei pra Gabi e a primeira reação dela foi “ele não está responsivo?”. É bizarro, mas isso me levou a ver com mais clareza o impacto do meu trabalho.
Ainda tive muitas outras experiências, pude atuar com um grupo de concessionárias que tem filiais da Nissan, Mitsubishi, Volkswagen e hoje da BYD. Na época que fui contratado, os sites eram tidos como “portfólio”. Aquilo não fazia muito sentido, mas o desafio era outro… Eles não conseguiam vender e se posicionar pelos sites, lembro que uma das queixas do dono, era que eles não conseguiam criar campanhas online pelos sites, não conseguiam descobrir um meio de convidar os clientes online a conhecer a empresa, muito menos efetivar compras. Ali estava mais um desafio, foi um processo de reeducação das marcas, mas também minha. Em 1 mês conseguimos emplacar campanhas online, conseguimos vender carros, atraindo clientes e impulsionando as vendas tanto online, quanto offline. Nunca vou esquecer o dia que abri minha caixa de email e me deparei com um representante da Nissan Nacional me parabenizando pelo trabalho. Sempre vi importância em acompanhar os resultados, era satisfatório ter conhecimento de que eu conseguia fazer a engrenagem rodar.
Mas eu sempre busquei mais, eu sabia que diferente do que as pessoas enxergavam, meu trabalho não eram apenas criar telas, o design, que embora seja amplo, não é visto em sua totalidade. Quando me dei conta, soube que não podia mais abraçar o mundo, fazer de um tudo. Era muito gostoso conhecer sobre programação? Demais! Ainda é algo que adoro. Mas eu tinha que focar no que vinha de casa, no que tinha aprendido desde pequeno. O que me movia estava em criar experiências, no impacto que meu trabalho tinha no dia a dia das pessoas. Me dei conta que desde o início, essa era a minha maior paixão.
Fui convidado para uma entrevista com a equipe do Hospital Israelita Albert Einstein, pode até soar bizarro, mas desde o primeiro contato, eu sabia que faria parte daquela equipe. Hoje atuo focado no produto, criando estratégias e fazendo uso de todo o conhecimento que adquiri ao longo dessa jornada. Aprendo diariamente o quanto é importante enxergar com empatia, abraçar a dor do outro, ouvir e abrir debates que possam nos fazer crescer como equipe. Principalmente por saber que meu trabalho continua trazendo impacto em vidas.
Já não consigo hoje dizer que meu olhar profissional descansa quando desligo o computador, pois vejo que ele anda de mãos dadas com a visão e os ideais que trago do meu lar. Tento ao máximo me manter consumindo conteúdo, lendo livros, assistindo séries, filmes, tudo o que possa me permitir enxergar realidades múltiplas, apurar o olhar, a empatia, tentando extrair daí uma nova experiência. Acho que é nisso que está a minha maior paixão, em sentir que estou vivendo cada uma dessas experiências.